Delta é a foz de um rio formada por vários canais que percorrem vários caminhos até chegar no mar.
No Brasil temos o delta do Jacuí e o delta do rio Parnaíba que são bastante famosos.
Ao percorrer os rios, passamos por pequenos declives que formam bacias favorecendo o acúmulo de areias, cascalhos e lamas.
Alguns deltas tem a forma de um leque que se ramifica por todos os lugares, outros se fecha em triângulos, por esta razão o símbolo (Δ) que representa a letra grega Delta.
Toda essa informação foi para dizer que no Brasil um de nossos deltas também corria tranquilo por planícies e pequenos declives acumulando os “cascalhos” e a “lama”, mas a concentração de água era muito grande em torno de um triângulo e por esta razão começou a se ramificar por todo Brasil até chegar ao planalto central (uma superfície elevada) era um delta interior, como o delta do rio Okavango - Botswana na África.
No planalto, a superfície topográfica pode ser regular ou não, depende muito das correntes de ar, às vezes o vento que sopra aqui, pode não soprar lá.
Começava então um processo erosivo da terra, a destruição do solo era eminente, ele já não era tão rico e firme como antes e ao tentar fazer uma barragem para que a fonte não secasse aquele líquido precioso, gotículas de água foram lançadas para várias partes forçando uma eclosão do delta que acabou desaguando em uma grande cachoeira.
O mar de lama estava formado, manobras para conter o delta foram orquestradas, mas o mar já não estava mais para peixe e o caldo havia entornado de vez.
Esperamos que agora, com as terras alagadas, possamos observar melhor os cursos dos rios para que o ecossistema em que vivemos não seja mais uma vez ameaçado.
Como diz o ditado popular: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura!”.
Silmo Prata: colunista, professor e poeta.
* Esta crônica foi escrita em 2012, mas hoje veio a tona das profundezas do mar, tão atual como antes.
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