O trânsito tem sido um dos principais problemas para quem anseia qualidade de vida no bairro de Campo Grande.
O trânsito de Campo Grande e a grande quantidade de carros disputando espaços em vias saturadas, tem consumido muito tempo de todo mundo e causado estresse, quase inevitável.
Infelizmente, nenhum governante, até o momento, tem enfrentado este problema com seriedade, oferecendo apenas soluções paliativas, que às vezes trazem mais problemas ainda.
O trânsito em Campo Grande e em toda Zona Oeste, tem que ser revisto e um olhar mais crítico, tem que ser observado, para se tomar decisões mais acertadas.
Não sou especialista em trânsito, mas como morador do bairro, motorista e pedestre, vivenciando todo esse caos que se instaurou no trânsito de CG, posso dar algumas sugestões.
Podemos começar com:
Adequação do transporte público
Linhas de ônibus “circular” entre os sub bairros e o centro do bairro (Estação de Trem e Terminal Rodoviária).
Linhas de ônibus ligando outros bairros e o centro da cidade do Rio.
Interligação do Terminal Rodoviário de CG e o Metrô (Coelho Neto); Terminal Rodoviário de CG e os Terminais de BRT (Magarça; Mato Alto e Sulacap), efetivação do BRT - CG X Santa Cruz.
Pontos de ônibus pré-determinados para embarque e desembarque, a cada 200m, com baias e abrigo, para que a circulação dos carros possa fluir.
Construção de um Terminal Rodoviário no lado sul de Campo Grande.
Controle de frota e horário dos ônibus.
Circulação de transporte alternativo somente onde não existe o atendimento por linhas de ônibus.
Construção da Estação Ferroviária Ítalo Del Cima / João Ellis.
Ciclovias
Implantação de ciclovias ao longo das principais estradas do bairro. Ciclovias de verdade e não somente a pintura de faixa no chão, que acabam trazendo mais transtornos, para pedestre e transeuntes desavisados. Além de serem construídos bicicletários.
Locais que deveriam ter uma ciclovia:
Estrada do Cabuçu (Esquina do pecado até o Largo do Rio da Prata), (toda extensão da Estrada da Cachamorra), (Estrada do Mendanha) e (Estrada do Monteiro).
Destes locais, o mais viável seria a Estrada do Cabuçu e parte da Estrada da Cachamorra, que em uma duplicação, poderia ser feita a ciclovia entre as pistas como existe em outros estados.
Duplicação de estradas
Com o objetivo de proporcionar maior fluidez de tráfego, segurança e conforto aos motoristas, deveriam ser duplicadas as Estradas do Cabuçu e Cachamorra, Estrada dos Caboclos e Estrada do Moinho; a Av. Cesário de Melo no trecho: Arthur Rios x Estrada do Monteiro, Rua Olinda Ellis e principalmente a antiga Rio São Paulo no trecho Rio do A x Av. Brasil.
A pavimentação e qualificação de vias urbanas
Fala-se tanto em mobilidade urbana, mas não é isso o que se vê, as ruas estão esburacadas, outras nem asfalto tem.
A Estrada do Tingui, por exemplo; se estivesse totalmente asfaltada, seria uma alternativa para quem vai para os bairros de Santa Margarida, Vila Nova e Sub-bairro Salim; desafogaria a antiga Rio São Paulo, traria acessibilidade para a população e rapidez no transporte urbano.
Remoção de obstáculos
São vários os obstáculos encontrados no trânsito de Campo Grande, para começar, temos o nó que foi dado no trânsito ao se deslocar o trânsito da Estrada do Monteiro para a Rua Professor Castilho, uma medida paliativo para não se construir uma rotatória ou até mesmo um viaduto; Para complicar, no final desta rua, tem três pistas e em frente ao Assai, somente duas, onde sempre tem acidente.
Outro local que foi tomada outra medida paliativa, fica na Estrada do Monteiro com Estrada do Magarça, ali poderia ter uma rotatória em frente a Comlurb ou um retorno um pouco mais perto, pelo Caminho dos Vieiras;
Ligação da Estrada do Cabuçu com Estrada do Moinho através de uma ponte na Rua Virgílio Brígido com a Rua Corina Dantas;
Reconstrução da ponte da Rua Filismino de Moura, fazendo a ligação da Estrada do Cabuçu com Estrada do Lameirão Pequeno;
Construção de ponte ligando os dois lados do Caminho do Partido até a Estrada dos Caboclos;
Asfaltamento do trecho entre a Av. Brasil e a Estrada do Tingui, fazendo sua ligação completa.
Implantação de rotatórias
As rotatórias dão agilidade e segurança em locais onde os cruzamentos se mostram confusos ou perigosos.
Locais que poderiam ter uma rotatória:
Estrada do Cabuçu (final da Olinda Ellis com Estrada do Pré); Estrada da Cachamorra (Olinda Ellis x Cesar Garces x Guerreiro de Faria) e outra entre (Final da Estrada dos Caboclos x Estrada Iaraquã);
Estrada do Monteiro com Av. Cesário de Melo;
Estrada Rio do A com a antiga Rio São Paulo;
Estrada do Mendanha com Estrada das Capoeiras e Largo da Maçonaria).
Construção de um Edifício Garagem, no centro do bairro
Criação de alternativas para estacionamento e guarda de veículos compatíveis com as características do bairro ou um misto de comércio e estacionamento.
Alguns desses projetos já estão sendo estudados e foi alvo de discussão em encontros com comerciantes, lideranças da Zona Oeste e comunidade.
O último encontro aconteceu no Centro Esportivo Miécimo da Silva no dia 31 de março de 2017.
Está na hora de se fazer alguma coisa de concreto para a nossa região, basta apenas que os governantes realmente se empenhem para que estes problemas sejam solucionados e não somente discutidos e depois deixados de lado.
Silmo Prata
Comentários
No último Fórum de Mobilidade que a Câmara Comunitária de Campo Grande realizou, apresentamos muitas dessas iniciativas que foram apresentadas por vc.
Se nós que vivenciamos o dia a dia desses problemas e mostramos soluções, porque não nos atender?
Isso é o descaso com a nossa região, falta o interesse do poder público, principalmente do prefeito. Temos que ser curral deles, como acontece no nordeste, com a seca. Até quando iremos nos conformar???
Somos o bairro mais populoso do Rio de Janeiro e não temos o mesmo incentivo que outros bairros tem.
Sempre que o assunto for de grande valia, estarei pronto para reportar!
Conte comigo sempre!
Somos um bairro-cidade e temos que nos valorizar e cobrar das autoridades políticas os nossos direitos.