No Dia Internacional dos Povos Indígenas, o jornalista Silmo Prata, entrevistou o Cacique Miro da Aldeia Sapukai.
O objetivo principal da entrevista com o Cacique Miro, foi o de conhecer melhor a Aldeia Sapukai, seus anseios, sua luta pela educação escolar indígena e a participação no videoarte “OKAETÉ”.
A Aldeia Sapukai é liderada e orientado pelo carismático Cacique Miro, pertencente a 3ª geração de caciques.
O Cacique Miro é Sociólogo, Pedagogo e pós graduado em Linguística.
Na entrevista, o Cacique contou que a Aldeia está situada a cerca de 6 km da rodovia BR-101, no distrito de Bracuí, em Angra dos Reis. Vivem do artesanato, cultivam mandioca, batata, banana, açaí e juçara, tudo para consumo próprio.
Ao lhe perguntar sobre os anseios de sua Aldeia, Cacique Miro foi categórico em afirmar que não deixaria a cultura indígena morrer, pois os saberes indígenas respondem às suas necessidades e desejos, mas que não podem ficar no isolamento cultural é necessário, pensar novas propostas.
Perguntei ao Cacique, sobre o ensino na educação escolar indígena. Miro respondeu que quase todos na aldeia são bilíngues, porém a língua falada entre eles é o tupi guarani, falou também sobre a Escola Guarani Karaí Kuery Renda (1º e 2º seguimento), falou sobre a pretensão de um colégio de magistério Indígena e o Coral Indígena Coordenado pelo Tupãzinho.
Já, sobre o videoarte “OKAETÉ”, produzido por Adilson Dias, filmado no Sítio Amor Perfeito e com a colaboração do Coletivo Cultural Rio da Prata, o Cacique falou que a cultura indígena tem que ser compartilhada com todos, mostrando que os indígenas estão integrados com o desenvolvimento, mas valorizando sempre a sua identidade originária.
Obs.: o videoarte “OKAETÉ” fala sobre um jogo de futebol redondo com oito jogadores de cada lado.
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