Jorge Nobre fala sobre sua missão voluntária em ser um “Pai Social”.

 


O jornalista e amigo Paulo Mendonça já havia me homenageado com o título de “Pai Social”, em reconhecimento a uma missão voluntária que exerço desde a década de 1970, quando servi ao Exército Brasileiro.

Com o passar dos anos, essa dedicação só se fortaleceu e, hoje, atuo como “Pai Social” em tempo integral. Nesse caminho, criei em Sepetiba o projeto FAS (Formação de Adolescentes para a Sociedade) e, mais recentemente, o projeto CASAS (Centro de Apoio Social aos Autistas de Sepetiba).

Este último ainda depende da boa vontade dos órgãos competentes para ser oficialmente reconhecido e apoiado. Afinal, nesse nosso mundo, sem envolvimento político e fazendo tudo apenas por amor, as coisas acabam ficando mais difíceis.

Tudo isso é fruto da prática do amor e do respeito ao próximo, sempre sem esperar nada em troca.

 

O que é o Pai Social como profissional 

A Lei 2971/04 estabelece o papel dos Pais Sociais, indivíduos dedicados a zelar pelo bem-estar de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no sistema de casas-lares.

  • Função: 

É um profissional, em geral contratado por instituições de assistência, que se dedica a cuidar de crianças e adolescentes que foram afastados de suas famílias biológicas. 

  • Objetivo: 

Propiciar condições familiares ideais para o desenvolvimento e a reintegração social dos menores, funcionando como uma figura paterna dentro de uma casa-lar. 

  • Regulamentação: 

A função é regulamentada e a figura do pai social foi equiparada à da mãe social, que já existia na legislação. 

  • Direitos: 

O profissional tem direitos trabalhistas, como anotação na carteira de trabalho, remuneração, descanso e apoio técnico. 

Pai Socioafetivo

  • Definição: 

É um vínculo de parentesco que se estabelece com base no afeto e na convivência familiar, independentemente de laços biológicos. 

  • Relação: 

Um pai socioafetivo é um homem que cria um filho como se fosse seu, assumindo responsabilidades afetivas e, muitas vezes, financeiras, desenvolvendo um vínculo de amor e cuidado. 

  • Reconhecimento Jurídico: 

Este vínculo pode ser reconhecido judicialmente, e também por via extrajudicial em cartório, como no caso da paternidade socioafetiva. 

  • Direitos e Deveres: 

Após o reconhecimento, o pai socioafetivo assume os mesmos deveres e responsabilidades de um pai biológico, como o sustento e a participação na vida da criança, e a criança adquire direitos como herança e pensão alimentícia. 

Diferenças importantes:

·         Pai Social vs. Padrasto:

O pai social é um profissional de uma instituição de acolhimento, enquanto o padrasto tem uma relação com a mãe da criança e não com a criança em si, embora a relação com a criança possa gerar um vínculo socioafetivo.

·         Pai Social vs. Paternidade Socioafetiva:

O pai social é uma figura profissional em um contexto de acolhimento institucional, enquanto a paternidade socioafetiva é um reconhecimento jurídico do vínculo afetivo entre um homem e um filho sem laços biológicos, que pode ser formalizado em cartório ou judicialmente.

 

Com carinho e gratidão, fica aqui registrado a minha missão voluntária em ser um “Pai Social”.

                                    Jorge Nobre


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