Bruno Ferrari, Dam Teles e Pino Teles
Quem não gosta de samba, bom sujeito não é ...
Bruno Ferrari, empreendedor, dono da empresa Bruno
Ferrari Tendas Artísticas, músico e festeiro.
Dam Teles, estudou violão erudito na Elite Musical em Campo
Grande. Adepto do Rock Psicodélico, começou estudar o Samba e suas dissonantes
para a evolução no violão.
Pino Teles, músico, percussionista, fiel escudeiro musical
do irmão Dam, apaixonou-se pelos sambas de Noel Rosa e Cartola, fazendo com que
estes sambas tornassem o seu carro chefe para a formação do grupo.
Juntos, formam o grupo Samba Cultural, com
11 anos de muita luta, muita música, muito boteco e muita cerveja.
O grupo começou com Dam Teles (voz e violão)
e seu irmão Pino Teles (Pandeiro e voz) em 2008, cantando sambas de Noel
Rosa e Cartola em casa. Logo, foram convidados a participar dos bares da
redondeza até chegarem ao bar e Restaurante “Boêmio” em Santa Margarida,
hoje “Buteco do Careca”. Bruno
Ferrari (Tamborim e voz) após assistir uma apresentação dos irmãos,
convidou-os a participar de uma festa em sua casa, logo em seguida, juntou-se
ao grupo onde fizeram uma grande amizade.
Bruno Ferrari, um visionário, entrou como músico,
empresário, design e produtor do grupo e lançaram um DVD em 2013 no Teatro de
Arena Elza Osborne. Foi um sucesso, o grupo deslanchou e seguiram carreira
Brasil a fora.
Hoje, ainda Brasil a fora, continuam levando o
Samba Clássico, as suas histórias...
E claro! Com um bom papo, uma boa cervejinha e a
divertida irreverência de palco, que é a marca natural do grupo.
8
perguntas para Bruno, Dam e Pino:
1
– Como é o processo artístico criativo do Samba Cultural?
R:
Nós fazemos uma releitura dos clássicos sambas históricos, logo não criamos as
músicas. Mas é fácil? Bom... No caso de tirar músicas clássicas exige um
conhecimento em música clássica né? E as histórias que contamos, vieram de 5
livros bem grossos do passado, quando criamos o Samba Cultural ainda a internet
não era tão abrangente e nem tão acessível... Também gravar letras como do
Chico Buarque não é nada fácil, mas aprendemos na constância do ouvir, nós
tocamos o que gostamos de ouvir e esse é o segredo do processo.
2
– O grupo teve ou tem alguma influência?
R:
Todos os que nós interpretamos foram influências pra gente de alguma forma. Mas
o Samba Cultural nasceu tocando apenas Noel Rosa e tivemos o prazer de tocar na
comemoração do seu centenário em seu bairro querido, Vila Isabel, uma grande
honra.
3 – Qual tipo de música que vocês gostam de
cantar nos shows?
R:
Aquelas que saem do peito naquele instante. por este motivo nunca fazemos
repertórios para shows, temos em média 500 músicas e o público faz com que nos
lembramos o que tocar. Se não for gravação, show de abertura ou palco cujo
precisamos apresentar um repertório, a preferência é deixar que os rostos nos
digam o que tocar.
4 – Um barzinho e um violão ou mesa de bar?
R:
Um barzinho, um violão, uma mesa de bar, uma morena dançando, uma flauta doce,
vestimentas carnavalescas e tudo mais que couber... rs...
5
- Que projeto vocês gostariam de fazer, mas ainda não começaram?
R:
Acho que levar o Samba Clássico para o exterior... Ah! gravar um trabalho nos
históricos Arcos da Lapa também!, mas essa segunda não é tão difícil, é
burocrático.
6
– O que os motiva a apresentações na Zona Oeste?
R:
Todos nós moramos na zona Oeste Carioca e gostamos muito da região, sabemos também
da dificuldade de fazer cultura isso faz com que nos dediquemos ainda mais a
fazer shows por aqui.
7
– A divulgação do trabalho do Samba Cultural, na Zona Oeste, é importante?
R:
Sim muito importante, temos grande público aqui e conhecemos o potencial da
região. É muito legal quando tocamos por exemplo no Calçadão de Campo Grande,
tocamos músicas da década de 30 que muitos jovens não conhecem e passam a
conhecer.
8
- Qual a mensagem que vocês gostariam de deixar?
R: Arte é vida, pra quem faz e pra quem a
recebe. Seja artista ou consumidor de arte, a arte ilumina, salva, gratifica...
A última vez que estivemos juntos, foi no ano passado, no Aniversário de Campo Grande, onde o Silmo era o Mestre de Cerimônia, uma
senhora que aparentava ter uns 90 anos pediu ao Silmo para falar com o grupo e quase sem voz nos disse que
estava indo comprar um remédio para dor, na farmácia, mas enquanto via
a gente tocar e cantar, logo ficou boa. Completou: - Vocês me curaram! Obrigada!
Entende
a importância disso? Essa é a importância da Arte no mundo e deixamos a própria
Arte como mensagem.
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